quarta-feira, 31 de agosto de 2016

O Começo da Vida!

O que a primeira infância pode ter influenciado em nossa vida?
O que nos primeiros mil dias de um recém nascido pode ser crucial em seu desenvolvimento saudável, e quais os reflexos destes dias em sua vida adulta?
Este é um dos temas abordados por esse maravilhoso Documentário que consegui assistir esta semana, que um de seus assuntos principais são os avanços da neurociência na descoberta de que os bebês são muito mais do que uma simples carga genética.
O documentário aborda o fato de que famílias de diferentes culturas e classes sociais, são fatores capazes de influenciar o desenvolvimento dos pequenos.
O grande diferencial é o modo de como a obra consegue mostrar a importância de diferentes questões no desenvolvimento de uma criança durante a primeira infância. A teoria de que se durante este tempo ela for bem cuidada terá suas chances de desenvolvimento pleno aumentadas e impactos positivos na vida adulta.
Os bebês são seres que precisam de muito estímulo, mas entendem muito do que acontece ao seu redor.
Alguns questionamentos levantados no documentário, e que seguem como referência para o leitor:
- Infância tem o reflexo na vida adulta;
- A importância do papel do pai;
- Todos são importantes no desenvolvimento da criança;
 
Deixo aqui uma ótima dica de filme para quem ainda não assistiu!

Fernanda



terça-feira, 30 de agosto de 2016

Parada Pedagógica Agosto/ Partilha

"...as crianças são seres em construção, maleáveis em suas capacidades e com uma inteligência que pode se expandir á medida que o ambiente os estimule." Livro: Inteligência Emocional e Cognitiva
 
 
Com a chegada do Segundo Semestre iniciamos um trabalho forte voltado para aquisição de Identidade e Autonomia de todas as crianças matriculadas no CEI.
Com uma estratégia que não nos deixa ficarmos presas a conteúdos prontos e engessados, utilizamos o lúdico como ferramenta necessária para todo e qualquer trabalho que envolva o desenvolvimento pleno infantil.
Partindo desta proposta elaborei um conteúdo nesta  Parada Pedagógica, aonde trocamos experiências a cerca de trabalhos já desenvolvidos em sala, trabalhos estes que  beneficiaram não apenas as crianças, mas fizeram com que cada professor percebesse o quanto o seu objetivo a ser alcançado não importa tanto, quando o objetivo da criança tem mais foco e pertinência.
Olhar para o que a criança nos pede  como recurso e estratégias, se torna mais válido do que colocarmos nossas vontades e "achismos" na frente do conhecimento; saber ouvir o outro e perceber que juntos podemos construir uma forma de trabalhar ainda mais rica é evoluir cada vez mais no pensamento e aquisição humana.
Com isso aprender pode ser entendido como o processo de modificação de modo de agir, sentir e pensar de cada pessoa que não pode ser atribuído a maturação orgânica, mas a sua experiência. O aprendizado pode ser provocado por colaboração com diferentes parceiros na realização de determinadas tarefas, por observação, imitação ou transmissão social!
Deixar a criança criar, interagir e viver a partir de suas observações, é impulsionar o desejo de descoberta que provém de ideias previamente organizadas.
 
Fernanda
 







"O brincar nasce no corpo, e o corpo é a natureza. A criança antes de ser intelecto, é instinto, é sensação. Seus sentidos são portadores de uma sabedoria que ajuda a estruturar sua relação com o mundo." (PEA Casa Redonda)
 





terça-feira, 5 de julho de 2016

Parada Pedagógica Julho

"Crianças nos ajudarão a transver o mundo" (Manoel de Barros)

Esta é uma frase que abriu um dos encontros mais emocionantes que tive este ano, com Gino Ferri. Encontro este que citei em uma das minhas postagens mais recentes.
Crianças transver o mundo, crianças em constante mudança, crianças nos ensinando o que precisam aprender, crianças nos mostrando o que precisam e realmente necessitam aprender...Ufa!
Quando paramos para pensar em que a criança está pensando? Ou o que ela realmente necessita? Quando paramos para escutá-la? Ou para apreciá-la?
Perguntas que fomentamos no nosso último encontro, cujo tema embalei a partir da Documentação Pedagógica.
A troca de experiências que tivemos a partir do olhar crítico do outro para nos auxiliar a promover um trabalho com ainda mais  qualidade e unidade, nos levou a refletir sobre o que realmente necessita a criança.
Que precisa ser capaz de saber fazer suas próprias escolhas a partir do que consegue presenciar em seu dia a dia, a partir do planejamento elaborado pelo professor porém, que tenha sido levantado hipóteses em conversas com as crianças.
Um planejamento com vida e destino certo,  que proporcione o conhecimento, desenvolvimento e muita descoberta diante do desbravar do mundo.
Estar rodeado de crianças durante todo o dia, é entender que o professor é muito mais do que o mediador de descobertas, é ser o impulsionador de socialização e interações que farão a diferença durante a vida desta criança.

Fernanda.








quarta-feira, 15 de junho de 2016

Gino Ferri

...Trabalhar com criança pequena é prever o imprevisível, é planejar nos indicativos das crianças, é embalar-se no ninar, descontrair-se num sorriso, quase enlouquecer num choro que parece não passar... e o mais interessante duvidar se está certo que a gente planeja e cavalgar nas inquietações de uma criança em formação, um ser que tem muitíssimas potencialidades, que ainda não se comunica através da fala para contar o que sente e que nos deixa inquieta pra saber se as nossas interpretações de seus sinais comunicativos são exatos. (Prof° Jaqueline Oliveira / Creche Prof Francisco do Amaral Lopes).

A partir das inquietações acima tenho me movido a prestar atenção nos detalhes que as crianças me apresentam, suas dificuldades, seus choros e principalmente se tenho e sei como corresponder as suas expectativas. 
Muitas vezes projetamos uma ajuda ou um auxílio, onde não o cabe, onde a própria criança precisa descobrir seus limites, e que devemos transcrever aquele momento como a "Sua" descoberta, o potencial do "Seu eu".
Transver a Criança como ser capaz e pensante, esta foi a palavra chave do Seminário sobre "Documentação Pedagógica" neste último sábado dia 11/06. Onde Gino Ferri, parceiro e colaborador de pesquisas junto a Loris Malaguzzi, retratou e nos sensibilizou sobre a importância do momento de suas próprias descobertas na criança de 0 a 3 anos de idade.






terça-feira, 29 de março de 2016

Releitura de Obras com Bebê

" As crianças tem suas próprias impressões, ideias e interpretações sobre a produção de arte e o fazer artístico. Tais construções são elaboradas a partir de suas experiências ao longo da vida, que envolvem a relação com a produção de arte, com o mundo dos objetos e com seu próprio fazer. As crianças exploram, sentem, agem, refletem e elaboram sentidos de suas experiências. A partir daí constroem significações sobre como se faz, o que é, para que serve e sobre outros conhecimentos a respeito de arte.
O trabalho com Artes Visuais na educação infantil requer profunda atenção no que se refere ao respeito das peculiaridades e esquemas de conhecimentos próprios a cada faixa etária e nível de desenvolvimento. Isso significa que o pensamento, a sensibilidade, a imaginação, a percepção, a intuição e a cognição da criança devem ser trabalhados de forma integrada, visando favorecer o desenvolvimento das capacidades criativas das crianças."
Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil
 
 
Na maioria dos meus relatos gosto de citar trechos do Referencial, é um documento que todas as vezes que leio ou busco algo que estou em dúvida, percebo que há algo que eu ainda não havia lido. Ou pelo menos que não havia interpretado da mesma maneira que a anterior.
Quando falamos em trabalhar Arte com bebê, logo imaginamos melecas, descobertas com elementos naturais etc. Não este meu relato vai muito além de trabalho sensorial, ou qualquer tipo de descoberta "melecosa".
Ousar, imaginar, criar e surpreender-se no berçário não é difícil , complicado mesmo é estar preparadas para quando isso acontecer, como iremos reagir, avaliar e até descrever aquele momento. O Bebê descobre o mundo pelas mãos e boca, porém ainda está sendo estudado mais a fundo a sua maneira de imaginar algo, ou entender certos momentos. Nós que pensamos agora como adultos, fica difícil entender como um bebê faz isso, porém tentamos imaginar e fantasiar como isto acontece em suas diferentes maneiras e situações. Ou seja, quando um bebê sabe que está na hora do lanche? Apenas quando tem fome? Ou quando vê seus colegas deslocando-se pelo ambiente atrás da professora?
São perguntas difíceis de serem respondidas, difíceis para nós que pensamos como adultos, para o bebê então alguns momentos são bastante complexos.
Mas como descrever, explicar ou até mesmo avaliar atividades com grau de dificuldade que julgamos um desafio e tanto pra um bebê de apenas 01 ano?
Durante o mês tentei rever e rever e chegar a uma conclusão e o mais perto que pude chegar foi. Além da imitação, o trabalho com Arte no berçário tem um papel fundamental para formação humana e como somos capazes do que o outro nos apresenta.
Que a imagem abaixo deixe a cada um mais curiosos pelo desenvolvimento dia a dia de cada bebezinho a nós confiado!