quarta-feira, 20 de maio de 2015

Brincando de Médico

Olá queridos e queridas, hoje presenciei em uma das salas do berçário uma atividade muito boa, onde percebi que trabalhar o medo das crianças é essencial por menores que elas sejam.
E como a realidade é presente na brincadeira da rotina de uma escola em período integral, principalmente quando a brincadeira nos faz lembrar de sensações não muito agradáveis que já vivenciamos.
Foi o que aconteceu hoje, a brincadeira, ou o jogo simbólico como também é chamado por nós aqui do CEI, foi um momento não muito prazeroso para algumas crianças. Alguém vestido de branco, com uma máscara no rosto para um bebê quer dizer muita coisa, lhe traz muitas lembranças e claro não são agradáveis. Médico, enfermeira, pessoas que trazem a sensação de desconforto e desconfiança entre os pequenos, dor e muito choro.
Porém a professora teve todo cuidado em preparar antecipadamente a sala, com caixas vazias de remédio, aparelho para inalação, termometro, máscaras e luvas. Tudo isso estava acomodado em seus devidos lugares; em mesas e aonde mais estivesse a lembrança de um consultório médico.
Ao entrar na sala os bebês se depararam com a professora caracterizada com máscara e luvas, uma das crianças sentiu-se desconfortável, chorou e não aceitou aproximação. Foi respeitado seu momento, e mesmo assim não aceitou. Então ela preferiu ficar sentada em uma cadeira apenas observando enquanto seus colegas, examinavam, tomavam remédio, aplicavam injeção e mediam a temperatura!
O momento foi de descobertas e superação dos proprios medos e porque não dizer limite...
Ser professor é estar atento a tudo o que nosso grupo necessita, tudo o que é e se faz necessário para aquisição do conhecimento.

Professora caracterizada recepcionando o grupo

caixas vazias de remédios para dar vida a brincadeira...

Voluntários para momento da máscara

Para medir a temperatura

E voluntários até para o momento da injeção!
O ser humano é um misto de físico, afetivo e cognitivo, não devendo ser pensado de forma estática e desmembrada, uma vez que ele é único e indissociável. No entanto, este ser global não é acabado e sua constituição se dá a partir da interação com o outro. É essencial recordar este aspecto, base da teoria Vygotskyana, que considera a interação social como fator fundamental no desenvolvimento das funções psicológicas caracteristicamente humanas. (FREITAS, S., D.P. p. 96)

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